Polícia apreende 386 celulares com indícios de roubos e furtos em lojas de MT

A Polícia Civil, através das Delegacias Especializadas de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá e Várzea Grande, deflagrou, ontem, a terceira fase da operação Móbile, com foco no enfrentamento qualificado do mercado paralelo de celulares oriundos de crimes de roubos e furtos. A ação resultou na apreensão de 386 aparelhos celulares de origem ilícita localizados em lojas e comércios de Cuiabá e Várzea Grande.
Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, e 19 decretados pela Segunda Vara Criminal de Várzea Grande, com alvo em comércios suspeitos de receptar e comercializar os celulares de origem ilícita. Segundo a polícia, as investigações demonstraram que os dispositivos apreendidos eram comercializados sem qualquer documentação de origem lícita, como nota fiscal ou termo de garantia, caracterizando nítida violação ao dever de cautela dos comerciantes.
A polícia apontou ainda que em alguns estabelecimentos, inclusive, apresentaram indícios de reincidência na revenda de produtos suspeitos, reforçando a hipótese de atuação estruturada na receptação de bens subtraídos.
Na Capital, os mandados foram cumpridos simultaneamente em estabelecimentos comerciais e residências de seus respectivos sócios, resultando na apreensão de 32 aparelhos celulares com indícios de origem ilícita. Em Várzea Grande, a equipe cumpriu as ordens judiciais em residências e lojas de empresários, sendo cinco estabelecimentos instalados no Shopping Popular.
A operação está estruturada em três fases. A primeira, de entrega voluntária, consistiu na intimação de usuários identificados como atuais detentores de linhas vinculadas a aparelhos com registro de furto ou roubo, permitindo que comparecessem espontaneamente à unidade policial para entrega dos dispositivos e prestação de esclarecimentos. A segunda fase, denominada busca ativa, foi direcionada àqueles que, mesmo notificados, não atenderam às convocações, ocasião em que as equipes policiais realizaram diligências e localizaram os aparelhos em uso e procederam às respectivas apreensões, com oitiva dos possuidores.
A terceira fase, deflagrada nesta quarta-feira, corresponde às buscas judiciais em estabelecimentos comerciais identificados ao longo das fases anteriores como pontos de revenda de aparelhos com origem criminosa.