Projeto promove atendimentos ginecológicos a mulheres privadas de liberdade
Projeto da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), criado para levar atendimento ginecológico a mulheres custodiadas no sistema prisional do estado, beneficiou, aproximadamente, 850 reeducandas em um ano e meio de atendimento.
O Mãos Amigas foi idealizado pela Coordenadoria de Saúde, com apoio da Superintendência de Políticas Penitenciárias da Sejus, e começou no ano passado com o objetivo de promover, por meio de atendimentos presenciais e teleatendimentos diagnósticos, o acesso a serviços de saúde para mulheres privadas de liberdade. A atividade se destaca pela economicidade, impacto social e capacidade de articulação interinstitucional.
O projeto foi desenvolvido em seis unidades carcerárias femininas e totalizou, em 15 meses, 1.237 atendimentos. Os atendimentos abrangeram 100% da população prisional feminina.
Os atendimentos ginecológicos são divididos entre presencial e virtual, se adequando à demanda estrutural específica de cada unidade prisional. Foram realizadas 603 consultas por teleassistência e 634 presenciais, sendo divididos entre mamografias (124), exames de rastreio para câncer do colo do útero, Papanicolau (562), acompanhamentos pré-natais (82) e exames laboratoriais para diagnóstico de ISTs (HIV, sífilis, hepatites B e C) e testes de gravidez (596).
A assistência ginecológica teve início em maio do ano passado, e se estendeu neste ano. A coordenadora de Saúde Penitenciária, Olga Santana, explicou que o projeto conta com uma médica ginecologista do quadro do sistema penitenciário estadual, em articulação com as Secretarias Municipais de Saúde, responsáveis pelo suporte logístico e técnico aos atendimentos.
A meta do Projeto Mãos Amigas para o próximo ano é a aquisição pela Sejus de um aparelho colposcópio móvel, para realizar com precisão diagnósticos de lesões no colo do útero e diagnóstico precoce de câncer nessa região.


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