Sobrinho que matou a tia é preso novamente após descumprir medidas de saúde mental

Sobrinho que matou a tia é preso novamente após descumprir medidas de saúde mental

 

 

Lumar Costa da Silva, condenado por um crime brutal que chocou a cidade de Sorriso, está de volta à prisão menos de cinco meses após deixar o Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho, em Cuiabá. Lumar, que ficou internado por quase dois anos, descumpriu as condições impostas para sua desinternação e foi denunciado por violência doméstica.

 

Na madrugada do dia 3 de julho de 2019, Lumar cometeu um homicídio cruel ao assassinar sua tia, Maria Zélia da Silva, de 55 anos. O crime envolveu facadas e o ato chocante de arrancar o coração da vítima, que foi entregue à filha dela, prima de Lumar. A gravidade do ato levou o judiciário a interná-lo em um hospital psiquiátrico, onde foi diagnosticado com transtorno afetivo bipolar tipo 1 e considerado inimputável — não podendo ser responsabilizado legalmente pelo crime devido à sua condição de saúde mental.

 

Após a decisão de dezembro de 2021, que homologou laudo atestando sua inimputabilidade, Lumar foi transferido para o hospital psiquiátrico em outubro de 2023. Entretanto, em junho de 2024, o juiz Geraldo Fidelis expediu um alvará de desinternação, permitindo que ele retornasse à casa do pai, Gilmar Costa Silva, em Campinas (SP). No entanto, a ausência de tratamento adequado e a falta de adesão aos medicamentos necessários levaram à sua prisão novamente na última sexta-feira, 14.

 

A Justiça já solicitou o recambiamento de Lumar do estado de São Paulo para Mato Grosso. Ele será acomodado no Raio 8 da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, uma área de segurança máxima onde deverá permanecer isolado enquanto aguarda nova avaliação para possível internação no Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho.

 

O juiz Geraldo Fidelis enfatizou que a internação deve ser uma medida direta, considerando que o caso de Lumar é emblemático em relação às questões de saúde mental no estado. A recuperação do réu, agora sob custódia, será avaliada em um contexto de maior segurança, refletindo a preocupação das autoridades com a proteção da sociedade e com os direitos do mesmo, diante de sua condição clínica.

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